O QUE FAZ AUMENTAR A PRODUÇÃO DE LEITE MATERNO?
Após o nascimento do bebê, outras grandes preocupações afligem às mães. Saber se terão leite suficiente, em quantidade e qualidade, para alimentar seu filho, é apenas uma delas. A crença de muitas nutrizes de não ter leite suficiente é referenciada por alguns estudiosos, os quais postulam que a conseqüência é o oferecimento precoce de suplementos alimentares aos bebês, interrompendo, assim, a amamentação (OMS, 1994).
Incentivar o aleitamento materno é um dever do profissional de saúde. O aleitamento materno é a forma mais sábia e natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil no Brasil (Ministério da Saúde, 2009).
Na tentativa de reverter a questão da hipogalactia, há recomendações de senso comum e de profissionais de saúde quanto à utilização de lactogogos (alimentos ou bebidas que, conforme as crenças locais, aumentam a produção do leite materno).
De acordo a etimologia da palavra lactogogos, podemos apreender o seguinte significado: “algo” ou “alguma coisa” que leva ao acréscimo da produção de leite, pois lacto, do latim lac, lactis, tem o sentido de leite, e –agogo, -agogia, de origem grega, agogôs, tem o sentido de que guia ou conduz (GRANDE, 1998). Portanto, não somente alimentos, mas também outros meios que auxiliem no aumento da produção láctea podem ser considerados lactogogos.
Alimentos com maior teor de glicose, proteínas, sais minerais, vitaminas e água, são essenciais à qualidade e à quantidade do leite a ser produzido (Pommer, 1991).
Estudos em animais mostram que no processo de lactação há utilização de 50% a 85% da glicose e aminoácidos que entram na circulação sangüínea. A glicose no plasma é essencial para a síntese do leite. Na falta de glicose, somente uma pequena quantidade de leite rico em gordura e proteínas é sintetizada, e a secreção da fase de leite aquosa é retomada apenas quando a glicose está disponível em quantidade adequada. Nenhum outro açúcar ou metabólito pode substituir a glicose no processo da secreção do leite (VORHERR, 1974).
Na síntese do leite materno a literatura científica aponta que há aumento metabólico, portanto alimentos energéticos e outros nutrientes devem ser consumidos. A canjica, o fubá e o milho, por exemplo, são alimentos ricos em amido, e, uma vez ingeridos, sofrem o processo de hidrólise, produzindo a glicose. Ora, para a síntese do leite há necessidade da glicose no plasma (VORHERR, 1974).
Estudos também apontam que para uma boa produção de leite é fundamental a calma, relaxamento, conforto físico e emocional. A hipogalactia está relacionada muitas vezes à ansiedade, ao cansaço, à insegurança, acarretando um estresse psíquico vivenciado pela mulher cujos mecanismos neuroquímicos terminam por induzir a síntese de peptídeos no citoplasma, exercendo desse modo uma ação eficaz de frenagem sobre a lactação (ALMEIDA, 1999).
Portanto, o segredo para promover uma boa amamentação é:
- Alimentar-se de forma adequada, em qualidade e quantidade suficientes e equilibrada em todos os nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais);
- Ingerir alimentos ricos em carboidratos, principalmente os complexos. Assim, garantirá energia suficiente para uma boa produção de leite;
- Ingerir bastante líquido;
- Promover um ambiente harmonioso onde a mãe possa amamentar tranquilamente seu bebê;
- Evitar estresse, cansaço e ansiedade para que a mamãe possa ter conforto físico e emocional;
- Utilizar a técnica correta de amamentação;
- Oferecer o peito sempre que o bebê quiser, pois o estímulo faz produzir leite;
- Acredite que você tem o melhor e mais completo alimento para seu bebê.
Na dúvida, procure um Nutricionista!!!
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